quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PEQUENOS PASSOS DE ALGUNS HOMENS...

Uma paráfrase ao dito atribuído a Armstrong pode se aplicar aos hominídeos que daqui partiram e, seguramente, muito mais que os primeiros passos na lua, os passos dados nesta região da África interferiram na história da humanidade.
Tudo indica que aqui iniciou uma fabulosa marcha que povoou o planeta, o que nos faz concluir, ainda não confiando no nomadismo como modo de vida ideal, que dele somos tributários. E é sobre isto, depois de provocado inúmeras vezes, que vou tecer alguns apontamentos.
Mesmo partindo da hipótese de que inicialmente o nomadismo foi uma necessidade, uma condição imposta à trajetória humana, fato é que a prática imprimiu e reforçou características físicas que nos convidam ao movimento. Trata-se de revisitar alguns conceitos da antropologia e, após investigar o porquê de desenvolvermos um aparato tão versátil numa requintada estrutura física propícia à adaptação, concluir que o fato de termos de buscar a base material nos diferentes meios para os quais migramos construiu um "homo nomadas".
No campo material, o nomadismo é desvantajoso em relação ao sedentarismo, que propicia maior estabilidade (segurança alimentar... estrutura de procriação...). Por isso, a seleção (para usar um termo darwinista) que hoje se opera tem sentido inverso daquela verificada no nosso alvorecer enquanto espécie, mas temos muito tempo (e movimentos) até nos tornarmos o "homo sedentarius" e darmos os últimos passos da nossa humanidade.


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