quarta-feira, 25 de abril de 2012

NOVOS CAMPOS DE BATALHA

Depois de um profícuo período de abertura para novas realidades, de conhecimento e autoconhecimento, é hora de uma síntese mais abrangente.
Perfazer grandes percursos passo a passo, ascender montanhas em condições limítrofes ou sobrevoar áreas exóticas com ousados meios de transporte foi tarefa fácil, um passeio. Visualizar o traçado impresso nos meandros da alma é que é tarefa árdua, pois observador e objeto se confundem. Ainda assim vou enfrentar a questão, sem a pretensão de ir além de uma ontologia de mim mesmo.
Teria eu observado apenas o que me convinha? Teria tão somente buscado aquilo que poderia traduzir? Nada apreendi além de mim mesmo? Difícil responder com precisão, mas ficou claro que o período sabático não rompeu as fronteiras internas. Chegou perto, mas respeitou os limites.
Demorei cinco meses para arriscar estas reflexões. Isto porque o pós sabático não foi um belo domingo, mas um dia útil iniciado com os efeitos gerados pela ingestão de generosas doses de culturas: um tempo de ressaca.
Neste contexto constato que novas armas foram incorporadas. Não raro me pego aplicando aprendizados dos dias de peregrino (a paciência); de montanhista (a persistência); de viajante (a prudência)... de velejador (o arrojo).
Os resultados práticos, uma incógnita. Mas está cada vez mais claro que é possível reviver cada momento sabático nas mais comezinhas tarefas do dia-a-dia sedentário. O movimento continua... A inquietude da alma nos torna nômades e dá condições de enfrentamento em novos campos de batalha.