A expedição começou às 8h da manhã do dia 26 de agosto, em Arusha. Seriam seis dias de labuta, com uma tenaz equipe de seis pessoas: o guia, o cozinheiro e quatro carregadores. Ainda no veículo que nos levava para Moshi, fiz uma boa média com a equipe quando agradeci em maasai: "achenaling".
Uma pequena burocracia (e US$636,00 de taxas), para entrar no parque desfrutando da estrutura de alojamento da Rota Marango, e começamos a ascenção até Mandara. Apenas 2.700 m/A. Nada de efeito de altitude. Parecia brincadeira de criança... Compartilhei alojamento com dois espanhóis.
O guia, Isaack, estava muito centrado na sua meta de me fazer chegar ao topo (é quase uma questão de honra); o rapaz cativou com sua fala e seu ânimo; maasai, por parte de mãe, e chaga (uma etnia que vive nas montanhas, próximo a Moshi), por parte de pai, a todo momento buscava me ensinar palavras nos dois idiomas. Na alimentação, não poderiam ter sido mais diligentes... tinha até a "hora do chá".
No segundo dia, depois de caminhar umas quatro horas, chegamos em Horombo, a 3.780 m/A. A situação começou a ficar desconfortável, mas, como teríamos um dia para adaptação no local, nada de clamor. Relaxei um pouco e me pus a falar com os italianos com os quais compartilhava o alojamento, o que me grangeou uma "enxaqueca" daquelas de "arrancar a tampa da cabeça".
No dia de adaptação fui bastante comedido. Juntamente com os espanhóis e os italianos, e os respectivos guias, andamos até uns 4.300 m/A. Pouco falei.
Este blog registra caminhos, culturas, personagens e impressões vivenciados durante um período sabático empreendido com o intento de conhecer os efeitos do nomadismo na experência humana. Seguramente se trata de repertório parcial, vinculado a escolhas acumuladas durante uma história pessoal pautada por descontinuidades e rupturas contundentes.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
KILIMANJARO - MANDARA E HOROMBO
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