quinta-feira, 25 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

NGORONGORO

Erupções vulcânicas formaram o platô que hoje abriga muitos animais. As bordas da cratera servem de barreira natural, mantendo o bioma quase inalterado.











MAASAIS

Pastores nômades vindos do Egito para a Tanzânia há séculos, os maasais são o exemplo de resistência cultural. Não precisam ser reconhecidos para serem libertados, são livres. O turismo afeta um tanto da vida desse povo, que, no entanto, aprendeu a bem conduzir os visitantes para aquilo que querem mostrar, recebendo um mínimo pela intrusão.
Para mim, pisar em uma aldeia maasai representou uma transposição para algo de ancestral que tanto procuro, para algo que não se desmancha mas se constrói no ar, pois sólido não é (para utilizar uma antítese ao materialismo histórico).
Entendi o título da obra "Escrito nas Nuvens", livro adquirido durante um encontro de Antropologia Jurídica em Lima (ocasião em que o Projeto Nômade ganhou corpo) e que trata da historicidade da África Negra: a perenidade está na leveza da substância e não no peso da forma. Grandes conteúdos não precisam de métodos complexos.
O momento mais grandioso foi quando perguntei a um jovem maasai (que acabara de relatar a ocasião do seu ritual de passagem ao matar um leão...) acerca de sua religião e ele respondeu, sem titubear, A MONTANHA. Insisti sobre qual montanha (pensando que poderia se tratar do Kilimanjaro), e o jovem simplesmente apontou dando a entender "aquela que vejo". E lá estava eu, no meio da aldeia, na diminuta condição condicionada a liturgias ocidentais. Karibu!







MISS TANZÂNIA

Na entrada do Parque Ngorongoro, um encontro inusitado: candidatas a Miss Tanzânia estavam a caminho das paisagens para seus álbuns. O amigo francês, Alain, se escalou para uma foto e se sentiu o bendito fruto.





TARANGIRE

Próximo a Arusha, o Parque deu uma boa ideia do que viria pela frente.





sexta-feira, 12 de agosto de 2011

UMA PERGUNTA RECORRENTE

A palavra Zanzibar se origina do termo “zinzi-bar” ou “terra dos de cor preta”. Trata-se de um arquipélago constituído por duas ilhas principais – Unguja, mais conhecida por Zanzibar, e Pemba – e mais umas dez ilhas banhadas pelo Oceano Índico, ao largo da Tanzânia.
Na capital, Stone Town, vê-se um resumo da diversidade cultural do país. Hindus, muçulmanos, portugueses, ingleses e outros tantos influenciaram os costumes locais.
A população originária deriva dos bantu que aqui se instalaram no século IV d.C. Posteriormente, vieram os árabes e os persas, relação da qual resultou o Swahili, idioma falado pela população. Os portugueses estiveram por aqui durante dois séculos, tendo sido expulsos pelas tropas do sultão Oman, quando o território passou para o controle da coroa britânica, que aqui manteve um protetorado, até a independência levada a cabo em 1963. Eis um panorama geral deste disputado paraíso.
Quando por aqui cheguei fui direto para Jambiani, na costa leste, apreciar as cristalinas águas que justificam a famosa cor "índico blue". Além da bela paisagem, encontrei gentios por demais gentis e matei a curiosidade/vontade de navegar na engenhosa embarcação de vela única - o típico dhow.
Agora sei o que responder quando alguém me perguntar para onde ir a fim de apreciar as culturas bantu, hindu e árabe, mas que queira o mar azul do caribe e a alegria jamaicana, e, ainda, busque bons lugares para mergulhar e apreciar técnicas ancestrais de navegação a vela: ZANZIBAR!






quarta-feira, 10 de agosto de 2011