Depois de ir ao Café Martinho, o próximo passo em Lisboa seria ir a uma boa casa de fado. Tirei informações que me conduziram ao Clube do Fado... Quando lá cheguei, fui surpreendido com a vocação turística do local: tudo preparado para convencer... Não me convenceu. Por sorte o garçom foi extremamente grosseiro nas três oportunides em o interpelei e resolvi saltar de banda.
E naquela altura, como encontrar a boa pista? Simples. Na parada do bonde perguntei para um senhor de uns sessenta anos "onde se ouve um bom fado em Lisboa?... onde o senhor iria?"; e ele me respondeu: "um Fado Vadio? Na Rua São Pedro".
Nem imaginava o que seria um fado vadio, mas fui para a tal rua. Tudo de bom. Muitas casas com fado ao vivo. A escolhida foi a "ESQUINA DO FADO", onde uma família atende (muito bem), cozinha e canta maravilhosamente. E, assim, ouvi fado sem enfado...
Assim é a cultura viva. Não está no roteiro turístico ou comercial, mas na boca do povo que gosta da coisa. Fora do brete no qual se aferram os inocentes corpos (chamados turistas) que buscam descortinar um mundo diferente. - Obrigado bom gançom que me "expulsou" do Clube do Fado!
Este blog registra caminhos, culturas, personagens e impressões vivenciados durante um período sabático empreendido com o intento de conhecer os efeitos do nomadismo na experência humana. Seguramente se trata de repertório parcial, vinculado a escolhas acumuladas durante uma história pessoal pautada por descontinuidades e rupturas contundentes.
terça-feira, 31 de maio de 2011
FADO SEM ENFADO
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